terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Melhor Amiga

Melhor amigo. Quantas e quantas vezes eu já não intitulei pessoas assim, mesmo sem elas sequer saberem ou merecerem... Sabe fulano? É, aquele mesmo, que mora na rua de trás e vive aqui. Meu melhor amigo! Ou beltrano! Belatrano sabe TODOS os meus segredos e eu sei o dele também! Não é demais?
Sinceramente? Não.
O tempo passa e a gente vê que aquele melhor amigo ou algo do gênero não merece ter tanta consideração. Hoje eu me flagrei vendo que finalmente encontrei uma melhor amiga à altura. Não flao da amizade perfeita, sem brigas, sem discussões, sem conflitos, porque sim, às vezes ela não presta atenção no que eu falo, usa e abusa da ironia e do sarcasmo. É teimosa feito eu, e nós batemos de frente muitas e muitas vezes. E ela também adora rir de mim, dos meus micos, sabe. É irritante. Mas no fim até eu mesma dou risada das minhas trapalhadas. Ela me ensinou com isso que o melhor é rir mesmo, porque levar a vida tão a sério se torna pesado para nossos ombros. Aliás, ela me ensinou isso e muito mais. Ela não me poupa quando eu erro ou quando eu faço a-coisa-não-tão-certa. Ela fala, ela critica, ela mexe na ferida, por mais que isso me cause lágrimas e uma raiva que não consigo controlar. Raiva que vem e vai na mesma velocidade. Ela me dá a segurança que preciso quando me sinto pior que uma mosca. Ela escuta meus prantos em noites estreladas. Ela me incentiva a ir em frente. Ela me entende e me vê quando ninguém me entende e eu estou invisível. Ela me acolhe em todas e quaisquer situações, por mais que eu esteja errada. A gente sai junto. A gente se diverte. A gente é amiga. A gente tem cumplicidade. A gente se entende, mesmo em meio a desentedimentos.
Mãe. Mamãe. Mãezinha. Madre. Mommy. Tantos apelidinhos bobocas, haha. Minha melhor amiga, minha companheira, meu ponto de paz. Tantas vezes eu tentei me conter, me calar, quando a situação era íntima, complicada, intensa demais para que ela entendesse... ou assim eu achava. Porque quando eu menos esperava lá estava ela me surpreendendo. Me entendendo, dizendo exatamente o que eu precisava ouvir - fosse bom ou fosse ruim. Ainda há algumas vezes em que a gente não se entende. Todo ser humano tem sua essência encrustada num ponto muito fundo da alma, não é todos os segredos ou todos os sorrisos que ela sabe desvendar, mas de 100, 99 ela sabe dizer o que é, o que transmite, o que senti. Também sei desvendar os sorrisos, os olhares e o que ela sente. Claro que a gente dá mancadas uma com a outra às vezes... não estou falando só da minha mãe, mas da minha amiga. E nenhum ser-humano é perfeito.
Enfim... dedico esse post a uma das poucas pessoas que eu sei que posso contar, que conhece minhas dores, minhas alegrias, minhas angústias e meus sonhos. A única que eu confiaria a minha vida, porque ela não é só minha mãe, ela é minha amiga. A minha melhor amiga.
Ei mãe, eu te amo muito, minha melhor amiga.

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